situa-se
num antigo castro Celta (de grandes dimensões constituído por três
plataformas) onde o seu povo adorava ídolos pagãos, sendo mais tarde
romanizado. Com a entrada do Imperador Constantino, a religião do
Império passou a ser o Cristianismo, o que se reflectiu em termos de
proibição de outros cultos, não ficando S. Lourenço da Armada alheio a
esta realidade. Deste modo, os antigos ídolos pagãos deixaram de ser
objecto de culto em benefício dos Santos do cristianismo, entre os quais
se destaca, neste contexto, S. Lourenço. Com a romanização do castro,
as populações instalaram-se nos arredores, nomeadamente, na Armada. Não
podendo adorar oficialmente o ídolo (celtibérico), pois se o fizessem,
eram punidos. Assim, esses grupos iam de noite adorar os seus Deuses, da
noite de nove para dez de Agosto, para não serem vistos e
consequentemente castigados. Séculos e séculos se passaram... a
tolerância ganhou forma, os povos mais libertos das opressões passaram a
venerar os santos pagãos ao entardecer, só depois do sol-posto, como
também já adoravam os santos cristãos e não os querendo trair, faziam as
suas visitas aos ídolos pagãos, só depois do sol-posto, pois assim
pensavam que os santos cristãos não os viriam. Daqui, surgiram as
romarias sem sol.
Dicas adicionais
Foto ; Jemfiuza Foto de Portugal.
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